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Ecografia
Ecografia

Eu sou terra, mesmo que ainda não senhor de mim,

Sou teu servo pelo bico da pena com que escrevo

Sou caça quando eu te traço.

 E perco-me quando me acho nessas letras que ainda minhas,

 Fecundam em vão, as palavras que constroem os meus textos.

 

Sinto então que sou  água, mesmo que salgada pela ignorância,

 Sou  lágrima poente, fico doente sem ponto nem virgula.

 

 Eu me sinto... Eu me pinto...

Com a cor do meu tinteiro, sou riso do rio doce no vento que as palavras sopram em mim.

 

 Sinto-me assim, meio água na terra meia,

 Com sede tua minha escrita, guerra que bebes paz.

 Aguardando essa água encontrar a terra, quando aporto em seguro cais.

(Paulo Figueiredo)